quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Chocolate, Amendoim e... mais não digo!...

Já andava para experimentar uma receita com estes dois ingredientes há muito tempo!... 
Gostei do resultado e não fui a única, cá em casa também ficaram fãs.


BOLO DE CHOCOLATE E AMENDOIM


INGREDIENTES
. 140g de açúcar
. 100g de manteiga
. 70g de manteiga de amendoim
. 3 ovos grandes
. 160g de farinha
. 1 colher de chá de fermento em pó
. 100ml de natas
. 130g de chocolate
. amendoins torrados q.b


CONFECÇÃO BOLO
Juntar o açúcar e as duas manteigas e bater bem.
Juntar os ovos um a um e bater até o creme ficar fofo.
Juntar a farinha  e envolver bem.
Colocar numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Levar ao forno durante 35 minutos a 180ºC.
CONFECÇÃO COBERTURA
Partir o chocolate em bocados e colocar numa taça.
Ferver as natas e depois colocar por cima do chocolate. Mexer bem até ficar cremoso
Colocar o chocolate por cima do bolo e barrar.
Cobrir com os amendoins torrados.


E assim, assinalo a minha participação no dia Um... na Cozinha de Outubro!



e começar já a pensar nas próximas edições!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

o meu anel

Encontrei este anel... Usava-o quando tinha uns 8 anos. Manusiei-o e sorri. 
Sempre dei significados aos anéis que uso, normalmente anunciam inícios de ciclos, 
mudanças na minha vida. São como um lembrete que está sempre comigo,
uma história que eu guardo.


Este traz-me a memória da minha infância, a minha ingenuidade, 
a minha verdade mais pura.


São lembretes que na vida adulta quero comigo. 
Voltei a colocá-lo no dedo, noutro dedo... as mãos cresceram. 
Quero voltar a acordar e adormecer com os meus sonhos de menina... 
Quero a Sónia pequenina perto de mim...

BRUSCHETTA: refeição rápida e simples para o verão




Gosto muito da cozinha italiana. As bruschettas sempre fizeram as minhas delícias, pois são receitas fáceis de confeccionar, saborosas e que ficam bonitas no prato. O leque de ingredientes a usar é vasto, basta um pouco de criatividade para encontrar interessantes combinações de sabores.

Aqui fica a minha sugestão:

BRUSCHETTA DE COGUMELOS COM ESPARGOS, 
POLVILHADA COM MANGERICÃO E PARMESÃO



ingredientes para uma fatia:

. fatia de pão alentejano
. 3 espargos verdes
. 5 cogumelos laminados
. queijo parmesão a gosto
. folhas de mangericão a gosto
. alho
. manteiga q.b
. sal q.b.
. pimenta q.b
. azeite q.b 



confecção:

. tostar a fatia de pão no forno por 5 minutos (180º)

. de seguida esfregar o dente de alho no pão enquanto está quente e barrá-lo com manteiga

. saltear os espargos e os cogumelos num pouco de azeite, temperar com sal e pimenta

. colocar os legumes salteados sobre a fatia de pão, polvilhar com parmesão 

. colocar no forno para gratinar 

. tirar do forno e salpicar com mangericão fresco picado

BOM APETITE!



E assim, assinalo a minha participação no dia Um... na Cozinha de Setembro!



e começar já a pensar nas próximas edições!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Connosco para sempre



Desde de bebé que familiarizei o meu cachopo com os espelhos que temos cá por casa. Começou por ser um elemento intrigante, até despertar a curiosidade de um mundo paralelo que ali se anunciava, um amigo, compincha, cúmplice das suas traquinices, gargalhadas, coreografias e canções. Ultimamente o espelho passou a guardar outro momento da nossa rotina.  Quando o vou deitar ele pede-me para irmos até ao espelho grande. Pego-o ao colo. Ficamos em silêncio abraçados a sorrir para o espelho: São breves instantes, é como se estivéssemos a tirar uma fotografia só que o fazemos sem máquina, apenas com o nosso olhar e que depois aconchegamos na nossa memória. Sou uma pessoa sempre sedenta de emoções, tenho dificuldade em tirar fotografias, porque o resultado fica, na maioria das vezes, muito aquém da experiência emocional que determinada paisagem ou situação me provocou. Por isso, estas fotografias com o olhar têm sido uma descoberta. Não precisam ser reveladas, basta serem sentidas para ficarmos com as emoções à flor  da pele.

sábado, 1 de agosto de 2015

SUGESTÃO... MAÇÃ, LIMA, LIMÃO



Hoje deixo-vos aqui uma a sugestão de um sumo detox, fresco e óptimo para beber de manhã em jejum!



Aqui fica a receita:

. 4 maçãs
. 1 limão, descascado e em quartos
. 2 limas descascadas e em quartos
. polvilhar com sementes de chia

Esmagar no espremedor os pedaços de fruta alternadamente. Mexer e beber de imediato.



E assim, assinalo a minha participação no dia Um... na Cozinha de Agosto!


e começar já a pensar nas próximas edições! 


quarta-feira, 1 de julho de 2015

sanduíche que está a ter muita saída cá em casa


Quando o calor começa a ser muito, nem sempre me apetece cozinhar, por isso procuro refeições mais simples e facéis de confeccionar. Hoje deixo-vos aqui a sugestão de uma sanduíche que está a ter muita saída cá em casa.



E assim, assinalo a minha participação no dia Um... na Cozinha de Julho!
e começar já a pensar nas próximas edições! 
INGREDIENTES
. pão de fibras e sementes
. queijo creme
. fiambre de perú
. rodelas de pepino
. ovo escalfado
. sal, pimenta e cebolinho q.b

terça-feira, 9 de junho de 2015

O Carnaval é quando uma criança quiser!

Sempre achei que as brincadeiras para serem divertidas não precisam de ser muito elaboradas, precisam sim de ter muita criatividade, isso é o que os mais pequenos apreciam!

Há uns serões atrás resolvemos brincar ao Carnaval. Imprimi umas caras de animais escolhidas pelo cachopo e depois foi pôr mãos à obra: pintá-las! 
A primeira máscara foi a de Leão. Mas não era um simples leão, era um Leão Pirata!...


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Feliz dia da Criança

O dia 1 de Junho é para mim apenas um lembrete!... Porque todos os dias são dias para celebrarmos as crianças. As de ontem, as de hoje e as de amanhã!!!

Hoje partilho com vocês um doce momento de ingenuidade do meu cachopo de 4 anos:
Eu e ele estavamos a ver fotografias. Mostrei-lhe uma em que estava grávida dele.
Perguntei-lhe: "Sabes quem é que estava dentro da barriga da mãe?"
Com um sorriso ternurento respondeu: "Era eu..."
Depois começou a ficar pensativo e sério e disse:
"Mas tu não me comeste, ouviste?"
Acredito que muitas conversas sobre este tema ainda estão para vir. Esta foi só a primeira.

Feliz Dia da Criança!!!

Para festejar fiz estes Cupcakes de Chocolate e Baunilha



E assim, assinalo a minha participação no dia Um... na Cozinha de Junho!


e começar já a pensar nas próximas edições! 




RECEITA CUPCAKES DE CHOCOLATE E BAUNILHA

(para 9 unidades)
125 g margarina
100 g chocolate negro (usei Pantagruel)
40 g cacau (usei Pantagruel)
35 g de farinha
150 g de açúcar
1/2 colher de chá de fermento
2 ovos
220 g queijo creme (usei Philadelphia)
55 g açúcar em pó
1 colher de sobremesa de aroma de baunilha
pepitas coloridas q.b.



1. pré-aquecer o forno a 180º

2. misturar com uma colher a farinha, o cacau, o fermento e o açúcar

3. com a batedeira bater os ovos

4. derreter o chocolate em banho maria com a margarina

5. juntar a mistura da farinha com a mistura do chocolate derretido
e por fim adicionar os ovos batidos

6. colocar em formas individuais de papel sobre forma para ir ao forno durante 20 minutos

7. usar a batedeira para bater o queijo creme com açúcar em pó e o aroma de baunilha

8. decorar a gosto os cupcakes com o queijo creme e polvilhar com as pepitas coloridas


sábado, 30 de maio de 2015

terça-feira, 26 de maio de 2015

À mesa com os mais pequenos: Como é que é aí em casa?

Não sei como é aí em casa, mas o meu cachopo não é um miúdo fácil com a comida. Tanto eu como o pai sempre comemos de tudo e, assim que ele começou a comer "comida normal", rapidamente foi incluído na dieta familiar. Porém, não morre de amores pela comida, come porque tem que comer, nunca me diz que tem fome. Se por um lado, é bom quando a criança não tem uma relação de ansiedade com a comida, ou seja, não vê nela um refúgio ou uma recompensa, por outro, há dias que é absolutamente exasperante a lentidão e a falta de apetite. Eu que aprecio comer, chego a desesperar com esta situação. Por isso, vou arranjando algumas estratégias para enfrentar esta batalha, sim, que há dias que parecem batalhas. Aqui ficam algumas sugestões minhas:

. como ele não gosta de provar coisas novas, descrevo sempre tudo de forma entusiasta, com muitos pormenores, caracterizando os ingredientes com os cinco sentidos (às vezes já me pede para provar);

. faço comparações com alimentos que ele conhece: "Olha parece..." e assim, havendo um ponto de partida de algo que lhe é familiar, a curiosidade de experimentar surge;

. levo-o para a cozinha para me ajudar a preparar os alimentos, para lhes sentir as texturas, os aromas, aprender a lavá-los e a respeitá-los;

. crio combinações de sabores e apresentações no prato mais apetitosas;

. chamo-o a atenção quando estamos a ver desenhos animados e os bonecos estão divertidos a comer;


Hoje, deixo-vos uma receita que tem feito a diferença cá em casa: Antes era um simples peixe cozido, e agora passou a ser um prato de "Estótólante" (Leia-se restaurante :)

PESCADA COM  LEITE DE CÔCO


. uma posta de pecasda
. um tomate
. meia cebola
. uma lata pequena de leite de côco
. alho em pó q.b
. sal q.b
. côco ralado q.b.






Faço um refogado com a cebola, o alho, o tomate e o sal sem deixar apurar muito;

Depois junto o leite de côco e misturo no refogado;

De seguida mergulho a posta de pescada no molho e deixo ao lume até o peixe estar cozinhado;

Por fim, junto o côco ralado para o molho engrossar;

E está pronto a servir.
Acompanhe com arroz branco ou puré;



Já agora, mães e pais deste mundo, partilhem aqui também as vossas estratégias nas refeições e receitas infalíveis que usam com os cachopos.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

De maneiras que é isto!

 

Eu e o cachopo estavamos a jantar. 
Ele estava calado, pensativo e esboçava um pequeno sorriso.
Às páginas tantas, perguntei-lhe:
- Tiago, estás a pensar?
- Sim.
- Em quê?
- Em pó de fada.
Não perguntei mais nada. Achei por bem não perturbar
aquele momento de pura magia que estava a acontecer na sua cabecinha.


terça-feira, 19 de maio de 2015

chamada à razão #1


Este domingo à tarde, enquanto via um filme com o meu princepezinho segredei-lhe ao ouvido:
"Gosto muito de ti, gosto de ti daqui à lua...".... e sem me deixar acabar a frase, 
com os olhos colados aos meus, quase a dar-me uma cabeçada disse-me:
"Mãeee... (leia-se: hello, está aí alguém?...) É de dia! Tás a vêle?
Olha pala a janela: não há lua agola, só há sol.  
Gosto de ti daqui ao sol. Pechebeste, mãe?"

Estas chamadas à razão são absolutamente deliciosas.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

quarta-feira, 18 de março de 2015

QUEM NUNCA FEZ QUE LEVANTE O BRAÇO

Quando o meu Princepezinho tinha apenas dias e passava o tempo a dormir, aproximava-me dele constantemente para ver se estava a respirar. Quem é a mãe ou o pai que nunca fez isso? Tenho a certeza que muitos se reconhecem aqui. Hoje, já tem 4 anos e continuo a ir à sua cama ouvir-lhe a respiração, a serenidade enquanto dorme. Fico ali a sentir a "brisa" do seu narizinho, a frescura da inocência, a verdade da infância. Aproximo-me mais um pouco com vontade de ser "inspirada" para o mundo dos seus sonhos, fantasias e voar com ele. Efectivamente saio dali inspirada e renovada por aquela doce magia.

terça-feira, 3 de março de 2015

CHEGA DE DIETAS!

Chega de dietas, proibições, penalizações e sentimentos de culpa!

Fazer dieta é para mim sinónimo de: "não posso comer isto", "não devia comer aquele bolo, mas agora já está", "Aiiii! E agora? Assim nunca mais emagreço!", "olha, começo a dieta amanhã."

Resultado: ando o ano todo sufocada com a ideia da dieta, acabo por comer coisas que não me convém, o sentimento de culpa assume de tal maneira um poder em mim que acabo por não saborear aquilo que decidi comer. Gasto o dobro ou triplo da energia ao tentar ignorar o bolo proibido , que no fim acaba por ser devorado. Mas como já gastei muita energia a resistir-lhe continuo sem estar saciada e persisto em fazer asneiras. Torna-se num ciclo vicioso. Se olhar para trás, passei o ano todo com o "peso" da dieta no meu pensamento e não emagreci um grama. A acrescentar, está uma enorme frustação. Já para não falar na roupa, que se torna sempre num dilema. Dou por mim a vestir o que for mais neutro. Eu que gosto tanto de peças coloridas, divertidas, com detalhes, olho para o meu guarda-fatos e só vejo calças e blusas escuras que não deixam evidenciar as formas do meu corpo, roupa larga para eu própria me tentar esquecer da barriguinha que tende em ganhar destaque. Os pensamentos tornam-se aniquiladores, mergulho num pântano, o desconforto toma conta de mim, o corpo parece aumentar de peso de forma autónoma e o espelho torna-se no meu maior inimigo. Foram estas emoções que se começaram a traduzir em revolta cá dentro, que me fizeram querer mudar, precisava de uma nova atitude. Acredito que tudo começa na nossa cabeça e "ela" queria esta mudança.

Parti da seguinte premissa: fazer dieta estava fora de questão. Só a palavra me asfixia, porque a associo a um período estipulado com um regime rígido de proibições e sacrifícios, em que passo o dia esfomeada a comer alface, sopas sem batata e a cobiçar o almoço alheio. Tantas vezes, que me deitei mais cedo com medo que a fome aparecesse. E depois quando acaba a dieta, come-se o que se quiser para uns meses mais tarde voltar ao ponto de partida? Não me parece. Desta vez, queria avançar e conhecer outros caminhos, estava farta de fazer sempre o mesmo percurso, sempre a voltar para trás, já o sabia de cor. Queria uma nova viagem para mim, estimulante cheia de coisas boas, uma viagem feita à minha medida, ou porque não dizer à minha nova medida!...

Comecei por ver o significado da palavra dieta: o conceito vem do grego "díaita" que significa "modo de vida". A dieta é portanto um hábito e representa uma forma de viver. Este conceito fez mais sentido para mim e resolvi trocar dieta por estilo de vida,  toda uma coerência que queria encontrar na minha forma de estar. Ao interiorizar estas máximas, comecei a conseguir libertar-me de algumas amarras. Percebi que poderia ter acesso a tudo, mas que nem tudo me convinha. E aqui começa a segunda parte do processo de mentalização. Ao dizer, que nem tudo me convém, não me estou a proibir de nada, simplesmente estou a começar a ser minha amiga, coisa que tinha andado a negligenciar. Estava a dar imenso trabalho ao meu organismo com as opções alimentares que tinha: ingerir muitas gorduras, hidratos de carbono, açúcares processados, comer muito rápido, iniciar dietas de dois em dois dias, que evidentemente não sortiam efeito, ver constantemente nos doces uma recompensa merecida por um stress que tinha tido, enfim, era esta a minha relação com a comida. Estava mais que na hora da mudança.

Imaginem o corpo como uma fábrica. Já viram a tremenda confusão e desalinho em que se encontrava o meu? Os "operários" andavam com excesso de trabalho, mas sobretudo desorientados e sem confiança na "patroa", ou seja, em mim. Ao consumir muitos hidratos de carbono e gorduras sem dar hipótese ao corpo de gastar essa energia, levava a que os "operários" tivessem que "fazer horas extraordinárias"para conseguirem digerir tudo o que tinha sido comido, ou seja, para terem alguma capacidade de resposta acabavam por ir buscar sangue ao cérebro provocando-me sono, muito sono. O que comia, como era em demasia acabava por ser guardado nos "armazéns" de gordura já sobrelotado. Os açúcares processados que nem dão opção de escolha ao organismo para os trabalhar, davam entrada directa para o sangue, comer depressa também não os ajudava, pois não tinham tempo de produzir os "fermentos" correctos para permitir uma boa digestão, a comida chegava ao estômago sem aviso de recepção. E as dietas que começava, acabavam em 48 horas. Basicamente, a minha "fábrica" tinha entrado em auto-gestão, os "trabalhadores" estavam completamente às aranhas, tinham perdido o controlo do seu trabalho. Deixaram de acreditar em mim, porque se lembravam que passados dois ou três dias voltaria a comer doces e a ingerir comida menos boa para o organismo. Não era uma pessoa de confiança para o meu próprio corpo. Esta tomada de consciência foi a que mais ressonância fez dentro de mim. Eu que prezo tanto valores como a confiança, a honestidade, a palavra de alguém, não estava a honrar esses valores comigo. Isso deixou-me triste, mexeu comigo. Era uma traidora. Precisava reconquistar-me e fazer valer que honro a minha palavra, que sou de confiança, que sou uma pessoa justa. Senti muita urgência neste processo, que foi um pouco o motor da mudança.

Neste percurso aprendi outro conceito que também tem feito a diferença na minha viagem: o nosso organismo tem aquilo a que se chama "memória metabólica". Reconhece os nossos hábitos alimentares e assume um padrão que irá definir as linhas orientadoras do seu trabalho. Portanto ao fazermos uma mudança na nossa alimentação deverá ser feita por um período prolongado, para que o organismo reconheça esse modelo e oriente a digestão e a absorção dos alimentos de acordo com esse padrão. Por isso, é que dietas rápidas e drásticas não nos levam a lado nenhum, simplesmente baralham os nossos "operários" que entendem essas maluqueiras como agressões, truques de baixo nível que nos continuam a enganar e a trair. A defesa do organismo será continuar a armazenar gordura. Na criação de uma nova memória metabólica, o propósito será encontrar um equilíbrio entre o que consumimos e o que gastamos. Pois, se estiver em excesso o organismo começa por tentar queimar primeiro aquilo que acabamos de ingerir e o objectivo é que se começem a queimar o que está em "stock no armazém". Escolher alimentos naturais e pouco processados permitem aos "operários" fazerem o seu trabalho e se a isso juntarmos algum exercício físico a digestão torna-se ainda mais eficiente.

Ok, e os trezentos mil bolos de chocolate, absolutamente fantásticos que aparecem que nem cogumelos naquele momento que nos sentimos mais frágeis... O que fazer? Após o período de mentalização, a fase mais complicada, em que se gerem todas essas solicitações, percebi a grande diferença entre o fruto proibido, o mais apetecido e o bolo de chocolate que não como por minha opção. O peso destas duas decisões é completamente diferente e revelou-se no meu íntimo também de forma distinta: a proibição traz-me resistência, frustração; a opção de não comer determinda coisa porque não quero, traz-me liberdade e isso garanto que é uma óptima sensação, a de não ser escrava, nem prisioneira da comida!

Ao optar por um novo estilo de vida, estou a assumir um compromisso comigo que desejo que se reflicta num bem-estar físico, intelectual e espiritual, e esse bem-estar eu quero para o resto da minha vida. Com esta máxima  acabei de me libertar de todas as amarras sufocantes e pantanosas que a dieta me impunha, de repente sou livre e mais leve! As portas fechadas deram lugar a janelas abertas, um mundo de possilidades nasce diante de mim.

Se estou a assumir esta nova atitude para o resto da minha vida é bom que seja espectacular, pois comer alface ao almoço e ao jantar não está no meu menu, é demasiado monótono e limitativo. Desta necessidade brota uma vontade enorme de ir à descoberta de novos alimentos e de redescobrir outros que me tinham passado despercebido. De facto havia um mundo à minha espera de coisas fantásticas para saborear, paladares intensos e suaves que me segredam novos sabores e texturas. As roupas vão ganhando cores e formas e o espelho torna-se no fiel amigo da minha mudança.

Sei que algumas pessoas se vão reconhecer aqui. Acreditem que a parte mais difícil é sem dúvida a mentalização, tomar consciência da necessidade de mudança, porque uma vez interiorizada a atitude que queremos ter perante a nossa vida, a mente e o corpo ficam em sintonia. Deixaremos de ter duas forças dentro de nós, cada uma a lutar para seu lado, e que tanto nos desgasta. Teremos sim, uma equipa a trabalhar para o mesmo, para o nosso bem estar.

Vou fazendo as minhas conquistas diárias e respeitando o meu ritmo. Se tiver sempre presente a premissa que escolhi "eu quero ser minha amiga", mesmo com algumas recaídas vou conseguir sempre encontrar o norte da minha viagem.

Entendam o texto de hoje como uma sincera partilha da mudança que assumi fazer e obrigada pai pela metáfora da fábrica que tanto me tem ajudado neste processo.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A 25ª hora

Queixamo-nos, vezes sem conta, da falta de tempo. Daríamos tudo por mais uma hora no nosso dia. Acreditem que conseguir acrescentar algum "tempo extra" à nossa rotina não é algo inalcançável, aliás com uns truques de magia a 25ª hora será garantida.
Somos muitas vezes malabaristas na forma como gerimos o dia. Aceitamos sempre "mais uma bola" e depois passamos horas a negociar com o nosso cérebro a melhor maneira de organizarmos e optimizarmos o tempo de todas essas bolas/tarefas que temos a nosso cargo. Sem ter ainda executado aquilo que me proponho fazer, dou por mim exausta só na fase de negociação comigo. Por exemplo, pensar diariamente naquilo que vou fazer para o jantar obriga-me a que todos os dias faça um esforço de me lembrar se tenho os ingredientes para a sua confecção, ou seja, a decisão do que vou cozinhar só fica realmente fechada quando coloco as panelas ao lume. A negociação não é um mau exercício, porém não podemos fazer do malabarismo um espectáculo a solo. Deverá ser um "número" para realizar com a nossa equipa base companheiro/a e filhos. Numa simples meia hora, em "assembleia geral", podemos decidir, discutir e negociar as refeições da semana e de seguida, elaborar a respectiva lista de compras. Depois passamos à parte de pôr as decisões em prática e vão poder constatar que sentir-se-ão mais capazes para as fazer, pois a negociação permanente ainda que inconsciente consome-nos muita energia. Ao automatizarmos algumas tarefas deixamos de gastar tempo com elas. Sem darmos por isso, fizemos o "número" que sempre nos surpreende num espectáculo de variedades: Magia! Trabalhar em conjunto com os nossos parceiros de equipa  permite-nos facilmente eliminar duas bolas que só dificultavam o nosso malabarismo: a bola da negociação individual e a bola da frustração que sentimos por não cumprir a lista dos nossos afazeres. De repente, temos espaço no nosso dia para fazer um puzzle com o nosso filho, de namorar ou ler um livro ou simplesmente ir para a cama mais cedo, porque nos apetece dormir e temos tempo para isso.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Viagens sem pagar bilhete

Acredito que as velas aromáticas são das formas mais em conta para poder viajar. Os aromas transportam-me com facilidade e num piscar de olhos estou noutro "sítio". Na escrita preciso disso, preciso de outro espaço, que me permita desligar do mundo e do seu ritmo e me deixe entrar num universo paralelo, onde eu sou a dona do tempo. Na maioria das vezes, só consigo entrar nesse "país das maravilhas" quando o meu filhote já dorme, o que me obriga a encontrar esse espaço em casa, cheio de outras coisas das quais, nem sempre me consigo abstrair: seja a roupa que devia estender, seja a refeição do dia seguinte que devia preparar, seja o que for. Então resolvi criar um ritual em que as velas aromáticas são essenciais. Ao acender uma vela, rapidamente consigo vislumbrar uma porta para esse mundo maravilhoso. O cheiro da vela neutraliza o espaço, dando-lhe outras cores e texturas. Depois de "entrar" agarro, sem demora, na caneta, na minha chave e abro a porta às personagens que aparecem por ali, prestes a ingressarem numa história. As minhas velas de eleição para estas viagens são as da Rituals, absolutamente fantásticas que tornam rotinas em rituais.








terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Naquele momento dei-lhe o mundo

Tudo indicava que ia ser mais um sábado de muito calor. A sesta estava difícil. Decidimos ir à praia. O cachopo pegou nas pás, baldes e toda a parafernália de construções na areia e lá fomos ver o mar. Chegámos. O troca-tintas estava inquieto, tinha imensa coisa para fazer. Instalámo-nos e fomos molhar os pés. Posto isto, começa a correr em círculo. Corria pela areia, molhava os pés, saltitava numas pequenas piscinas que se tinham formado, voltava a pisar a areia, mantendo-se nesta corrida durante, sem exagerar, quinze minutos. Eu fiquei no meio do círculo a observá-lo.  O principezinho estava completamente em êxtase. Naquele instante, senti que lhe tinha dado o mundo, nada naquele momento lhe podia trazer mais felicidade. Ria-se, dava pequenos gritos de excitação e corria, corria o mais que podia, corria só porque sim. Fiquei emocionada. Algo tão simples, mas que fez a diferença no dia dele e no meu, porque ainda hoje me lembro do seu rosto naquela tarde quente. Uma lembrança que me ajuda a relativizar problemas que não são problemas, tristezas que não são tristezas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"E agola mãe, que fajemos?"

Eram horas de dormir, mas o cachopo ainda queria conversa e, para ser sincera, a mim também me apetecia. Peguei-o ao colo e sorrimos. Aproximámo-nos da parede cheia de fotografias do quarto dele e comecei a descrever aqueles instantes de vida, outrora fixados. "Olha, aqui estás tu na banheira. Lembras-te? Com o cabelo cheio de espuma? Nesta, estás ao colo do pai. Já viste, têm camisolas iguais, uma grande e uma pequenina. Aqui estás a brincar dentro da caixa dos legos." O seu olhar estava risonho, lembrava-se. Depois, com o seu dedinho, apontou para uma fotografia e perguntou: "E este bébé, quem é?", "Esse bébé eras tu quando eras muito, muito, muito pequenino." Ficou sério. Olhou para mim, voltou a olhar para a fotografia e disse-me com um pequeno beicinho: "E agola mãe, que fajemos?" Senti alguma tristeza e talvez um pequeno pânico no seu olhar.  Não estava a conseguir processar aquela informação. Onde estava aquele bébé naquele preciso momento? Tinha-se perdido? E quem tratava dele agora?  Olhava como se uma parte dele estivesse esquecida algures. "Tu és aquele bébé mas cresceste. Os olhos são os mesmos, estas bochechas são as mesmas, mas cresceram." Com um ar ainda meio desconfiado disse: "Aaaah... Já pechebi..." Não sei se percebeu, mas ficou mais tranquilo. O que iria naquela cabecinha?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

uma música para começar bem o dia


Brown Eyed Girl - Van Morrison


Uma música com boas energias para começar bem o dia!

Uma casa com paredes de ardósia

Às vezes, apetecia-me ter uma casa com paredes de ardósia, andar com um pauzinho de giz no bolso e escrever, escrever este mundo e o outro, transbordar ideias, histórias, criar personagens, deixar fluir emoções. Uma casa com paredes de ardósia nunca seria escura, antes pelo contrário, o mundo que se abre numa ardósia faz dela uma janela, uma ponte, uma ligação com os outros e comigo. Encontram-se caminhos, criam-se oportunidades que se vão delineando com um pequeno pau de giz. E assim, no Natal que passou, a minha prenda foi esta janela que partilho hoje aqui com vocês!... Feliz 2015!