terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Naquele momento dei-lhe o mundo

Tudo indicava que ia ser mais um sábado de muito calor. A sesta estava difícil. Decidimos ir à praia. O cachopo pegou nas pás, baldes e toda a parafernália de construções na areia e lá fomos ver o mar. Chegámos. O troca-tintas estava inquieto, tinha imensa coisa para fazer. Instalámo-nos e fomos molhar os pés. Posto isto, começa a correr em círculo. Corria pela areia, molhava os pés, saltitava numas pequenas piscinas que se tinham formado, voltava a pisar a areia, mantendo-se nesta corrida durante, sem exagerar, quinze minutos. Eu fiquei no meio do círculo a observá-lo.  O principezinho estava completamente em êxtase. Naquele instante, senti que lhe tinha dado o mundo, nada naquele momento lhe podia trazer mais felicidade. Ria-se, dava pequenos gritos de excitação e corria, corria o mais que podia, corria só porque sim. Fiquei emocionada. Algo tão simples, mas que fez a diferença no dia dele e no meu, porque ainda hoje me lembro do seu rosto naquela tarde quente. Uma lembrança que me ajuda a relativizar problemas que não são problemas, tristezas que não são tristezas.

Sem comentários:

Enviar um comentário