sexta-feira, 19 de abril de 2013

O Tempo do Elefante



Estavamos a fazer um exercício. Pediram-me: " Diz um nome de um animal. Rápido, não penses muito."  Prontamente respondi: "Elefante". O seguimento do exercício, claro está, era perceber a minha escolha, qual a postura do animal escolhido. Na altura, estava grávida e a escolha do elefante não foi por ter uns quilinhos a mais. Isso estava bem resolvido.
Sempre associei o elefante a um animal impenetrável, nada o abala. Nunca o imagino a correr, penso sempre nele de forma relaxada,  com o seu ritmo imperturbável, é ele que decide o que fazer do seu tempo. 
"E se o descrevesses numa imagem?" Vejo-o de costas, a caminhar num passo lento, a apreciar o que está à sua volta. A cauda balança ao ritmo do  seu passo tranquilo. De repente, passa uma manada de zebras e nada muda a sua atitude. Escolhi o elefante, porque, por vezes, gostava de ter a sua atitude: impenetrável, imperturbável, inabalável, de o meu tempo ser, de facto, o meu tempo , de não sentir que estou a ser ultrapassada e  por isso tenho que "pôr prego a fundo" para acertar o passo. Estou aqui mas devia estar ali a fazer não sei o quê.  O meu pensamento não pode estar sempre em contra-relógio.  Uma hora para mim ou para o elefante são iguais, têm ambas 60 minutos, porém a postura de cada um é completamente diferente. Talvez, após ter  concretizado esta ideia, esteja num bom caminho para ser dona do meu tempo, (dentro do aceitável, claro!), tudo depende de mim, da minha atitude e da minha gestão.

www.fineartamerica.com

2 comentários:

  1. Concordo em absoluto com o que dizes, temos que ser donos do nosso tempo. Também quero ser como o elefante que imaginas.

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  2. que engraçado, se eu imaginasse um elefante, não era nada disso que veria! :) muito interessante, a tua perspectiva! uma grande lição para todos nós!

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