sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Aviar uma receita não é tão simples como parece



Mais um tesourinho de gargalhadas guardado no baú das bolas de sabão. Tinha ido passar o fim-de-semana a casa dos meus pais. Era sábado de manhã e havia rotinas para se cumprir: ir buscar o pão, ir ao supermercado, ir aos jornais e outros pequenos afazeres. O nosso cão tinha sido atropelado há três dias e era preciso também ir à farmácia. Eu ficara incubida das tarefas da rua. Em relação à farmácia o meu pai disse-me: "Vai à farmácia, é preciso antibiótico para o cão, está aqui a receita." E lá fui eu tomar conta da ocorrência. Tudo correu dentro da normalidade e sem grandes precalços até chegar à farmácia: "É para aviar esta receita." disse. O farmacêutico leu, colocou o antibiótico em cima do balcão e perguntou-me: "Os supositórios de glicerina são para criança ou para adulto?" "Supositórios?" "Sim, está aqui na receita." Não sabia que o meu pai tinha acrescentado esse medicamento, mas respondi prontamente: "Pois, não sei. É para o cão, não tenho a certeza da idade, mas é grande." O farmacêutico sorriu e disse: "Nesse caso é melhor levar para adulto." "Pois, é capaz de ser melhor." disse eu e pensei também com um sorriso: "O meu pai a pôr um supositório no cão vai ser bonito de se ver..." Mas, a verdade é que a minha missão estava cumprida. Eu tinha aviado a receita, em relação à missão do meu pai é que não estava tão certa que tivesse sucesso. Cheguei a casa: "Está aqui tudo o que pediram. Depois pai, hás-de me explicar como se põe um supositório num cão." O meu pai olhou-me surpreendido e respondeu: "Mas que supositórios?... Ah!... Os supositórios da receita? Esses são para nós. Acabaram cá em casa , por isso pedi para comprares." E começou-se a rir: "Imagino a conversa na farmácia." e ria, ria, ria, ria...
Vá riam-se vocês também que nem uns perdidos. A mim também já me dói a barriga de tanto rir. 

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